17/10/09

Império dos Sentidos


No clube de vídeo a questão que se levantou foi a de chegarmos a um consenso em relação ao filme. Não era tarefa fácil chegar a um acordo. Até que A. apareceu com uma cassete VHS e um enorme sorriso nos lábios.
- Acho que tenho uma boa proposta!
Estendeu-me a cassete com um ar de desafio. Peguei nela. Era o filme japonês “Império dos Sentidos”. Já tinha ouvido falar dele e acredito que ele estava à espera que eu recusasse de imediato. No entanto, sem pensar muito, ouvi-me a mim mesmo responder:
- Pode ser! Acho que deve ser interessante.
Nem A., nem L. estariam à espera desta minha resposta. Mas rapidamente se recompuseram. Alugámos o filme e voltámos a casa. Sentámo-nos em frente à TV enquanto eu imaginava que, tal como eu me sentia excitada por ir ver um filme erótico com eles, também eles se deveriam sentir bem entusiasmados por irem ver esse filme comigo.
Ao longo do filme essa excitação aumentou, sobretudo em duas ou três cenas mais fortes. Recordo-me de algumas: a cena de sexo oral em que o homem ejaculava na boca dela; a cena em que ele lhe enfiava um ovo na vagina; e a cena final do corte do pénis.
O dia estava a ter uma carga erótica enorme e, para mais, aquela masturbação interrompida não tinha ajudado em nada a acalmar os ânimos.
No fim do filme ficámos alguns segundos em silêncio. Era evidente que nos tinha excitado a todos. Quebrei o silêncio:
- Bom, agora temos de fazer o jantar.
Dirigimo-nos à cozinha para seleccionar o que iríamos fazer. A. pegou num ovo e propôs ovo cozido. Obviamente que a sugestão insinuava uma das cenas do filme. L. aproveitou para afirmar a sua concordância. Olhei-os com ar de desafio:
- E têm alguma sugestão para a forma como a o prato será apresentado?
Eles riram-se:
- Não tinha pensado em nada de concreto, embora o filme que vimos nos dê algumas sugestões interessantes! – respondeu A.
- É… o filme tem sugestões interessantes. Aliás, podíamos acompanhar o ovo com uma salsicha. Não sei se temos cá em casa, mas se não houver, o filme também propõe possibilidades interessantes. – respondi lembrando-me da cena em que o sexo do actor principal era cortado com uma faca.
- Ui…. – gemeu L. com um esgar de dor na cara. – Nem me lembres dessas sugestões que até dói.
- O pior é se nos saem salsichas tamanho pequeno, como a do filme… - provoquei, fazendo alusão à dimensão reduzida do pénis do actor.
Eles ficaram sem resposta.
- Vá lá priminhos, não foi nenhuma insinuação sobre a vossa virilidade. Acho que os asiáticos têm esse problema, mas vocês são portugueses. Vamos lá preparar a comida.
A conversa continuou com umas indirectas. Jantámos e fomos dar uma volta até à praia. Estava uma noite quente, daquelas noites de Verão deliciosas. Sentámo-nos na areia. Tinha havido várias situações ao longo do dia que tinham mudado o ambiente entre os três. Sentia-se essa novidade que ninguém sabia onde nos poderia levar. Fiquei sentada no meio dos dois.
A conversa voltou a recair sobre o filme que viramos à tarde. Todos tínhamos gostado e acabámos por começar a falar das nossas próprias experiências.
- És virgem? – perguntou-me a determinada altura L.

(Para os que não conhecem o filme, recomendo que vejam. É um dos filmes eróticos mais interessantes que vi. Aqui vos deixo algumas imagens de algumas cenas).








1 comentário:

Anónimo disse...

É realmente um exente filme, é pena haver poucos filme eroticos pois os pornograficos são uma treta.