27/10/09

Despertar


Primeiro foi um ruído confuso, depois o som parecia ser o de alguém que me chamava. E a acompanhar tudo isso, a sensação de movimento estranha. Despertei sem perceber muito bem o que se passava. Abri os olhos e vi os dois na beira da cama a chamar-me e a abanar-me.


- Acorda preguiçosa!

Ser acordada por eles não era novidade, até porque sempre gostei de dormir muito de manhã. Por isso era normal que eles servissem de despertador. A única diferença era que, ao contrário dos outros dias, tinha adormecido nua e apenas tinha o lençol a cobrir-me. Como é óbvio, estando com eles em casa, dormia sempre com um pijama, mas a noite anterior tinha sido diferente e adormecera após o orgasmo. Puxei instintivamente o lençol mais para cima, para que eles não se apercebessem.

- Levanta-te! Já passa das nove!

- Calma! – respondi ainda num tom de voz arrastado. – Vocês estão com genica a mais logo de manhã.

E sem que eu percebesse como, um deles decidiu puxar o lençol para me ajudar a despertar. Nada de especial, nada que não tivesse já acontecido outras vezes. Mas desta vez, todos fomos apanhados de surpresa. Eu, ao sentir que ficava totalmente exposta aos seus olhos, e eles que não contavam que eu estivesse nua.

A agitação que existia transformou-se num silêncio total. Os dois olhavam-me espantados. O primeiro a reagir foi o L. Agarrou no lençol e tentou cobrir-me, mas de forma tão desajeitada que foi mal sucedido e não conseguiu mais do que tapar-me o sexo. Eu acabei por puxar o lençol para cima e cobri os seios.

- Desculpa! – conseguiu dizer A. – Não sabíamos que não tinhas roupa vestida.

A situação era embaraçosa, mas eu percebi que ninguém tivera a culpa. Tentei ordenar as ideias:

- Não faz mal. – acabei por dizer. – Vocês não sabiam que eu tinha dormido assim.

- Desculpa! – repetiu A. – Foi sem querer, nunca imaginámos!...

O ar embaraçado deles provocou-me uma gargalhada, o que os deixou ainda mais desconcertados:

- Não faz mal! – voltei a dizer. – Na verdade eu tenho mais culpa do que vocês pois sei que me vêm acordar quase todas as manhãs e devia estar mais decente para vos receber. A sério, não estou chateada. Também não morreu ninguém, apenas me viram nua! Espero que não tenha sido assim tão desagradável para ficarem traumatizados!

Ao perceberem que eu não estava aborrecida, eles acalmaram um pouco. L. acabou mesmo por reagir na mesma moeda, usando o humor:

- Na verdade o efeito não foi traumático, antes pelo contrário.

- Olha, tenho um primo galanteador. – respondi.

- Bom, - retorquiu A. – a verdade é que foi tudo tão rápido que eu mal me apercebi do sucedido… Nem sei se fiquei traumatizado ou pelo contrário…

- Já vi que para além de um primo galanteador tenho também um primo curioso, que gostava de ter mais tempo para observar.

Pensei que, de facto, as férias estavam a tomar um rumo totalmente inesperado. Cada vez mais o clima de sedução iniciado ontem se estava a instalar entre nós e o que mais me deixava admirada é que eu estava a sentir-me muito bem com tudo o que estava a acontecer.

- Acho que devemos sair para que tu te vistas. – disse L.

- É… é melhor. – respondi.

Eles saíram e eu respirei fundo. A imagem deles os dois a olharem para mim nua na cama não me abandonava. Grande forma de começar o dia, pensei.

20/10/09

Confissões

Olhei-o surpreendida com a pergunta.


- Sim. E vocês?

Ambos acabaram por confessar que também o eram. Não deixava de ser curioso, os 3 ainda virgens aos 17 anos. Cada um de nós já passara por algumas experiências mais ou menos íntimas. Decidimos contar essas experiências e eu fui a primeira:

- Andei este ano com um tipo da minha turma com o qual passei alguns momentos atrás de um dos pavilhões da escola. Chegou a haver umas carícias mais ousadas. Algumas vezes ele aproveitou para meter a mão por baixo da minha roupa e apalpar-me o peito. Numa das vezes desapertou-me a blusa e a chupou-me um mamilo durante uns segundos.

- Gostaste? – perguntou-me A.

- Sim, soube bem, embora estivéssemos sempre com medo de que aparecesse alguém. Acho que esse medo também causava uma certa excitação, mas impediu que fossemos mais longe. Da minha parte, cheguei também a colocar a mão na braguilha dele, mas nunca me atrevi a metê-la por dentro, apesar de ele ter insistido.

Seguiu-se o L.

- O máximo que fiz foi numa festa de anos ir à casa de banho e estar lá uma das convidadas. Ela estava a mudar de roupa porque tinha entornado uma bebida em cima da saia e não tinha trancado a porta. Eu entrei e ela estava sem saia, de cuecas. Eram umas cuecas transparentes, dava para ver por baixo e ela não fez qualquer gesto para se cobrir. Riu-se e perguntou-me se eu gostava do que estava a ver. Disse-lhe que sim. Fechei a porta e ficámos lá os dois. Ela aproximou-se de mim, já tinha bebido alguma coisa e eu também, estávamos por isso desinibidos. Ela disse-me que estava a trocar de roupa e baixou as cuecas. Fiquei embasbacado a olhá-la. Foi ela que me agarrou na mão e a colocou sobre os seus pelos. Perguntou-me se era macio e eu disse que sim. Depois ela vestiu-se de novo e saiu. Antes de sair deu-me um beijo na boca. Não a conhecia nem a voltei a ver, era alguém da família da aniversariante que era namorada de um amigo meu.

Finalmente A. contou-nos a sua maior experiência:

- Andei com uma irmã de uma miúda da minha turma. Um dia fui a casa dela e os pais não estavam. Ficámos no sofá aos beijos e a coisa aqueceu. A determinada altura ela desapertou-me a braguilha e eu empurrei a cara dela para baixo. Bom, era um convite pouco subtil para me chupar. Curiosamente ela não resistiu. Senti a mão dela agarrar-me e a boca dela começou a engolir-me. Mas nesse instante ouvimos barulho junto à porta. Só tivemos tempo de nos recompor e os pais dela entraram. Acho que nunca uma erecção desapareceu num homem de uma forma tão rápida!

Ao ouvirmos a descrição de A., acabámos todos por nos rir da situação. Deixei-me cair para trás e saboreei aquele ambiente: o calor da noite, o mar e a praia, as conversas sem inibições, tudo isso me fazia sentir muito bem.

Ficámos na praia até perto da meia-noite.

- Está uma noite fantástica – referi. Até apetece ir ao banho.

- Força! – respondeu-me A.

- Não, não trouxe biquíni.

- Por nós tudo bem. Podes despir-te que nós ficamos aqui a guardar-te a roupa.

- Claro… imagino que não se importavam nada!

Eles riram-se.

-Bom, acho que está na hora de irmos.

Levantámo-nos os três e regressámos a casa. Os nossos pais ainda não tinham chegado. Subi ao andar de cima. O meu quarto e o quarto deles ficavam no primeiro andar. Os quartos dos nossos pais ficavam no andar de baixo. Despi-me e deitei-me na cama, nua. O dia tinha sido surpreendente. No silêncio da noite retomei as carícias que tinham sido interrompidas durante a tarde. Foi fácil chegar ao orgasmo após toda a excitação das últimas horas. Vim-me de forma deliciosa e deixei-me ficar a desfrutar daquela sensação de bem-estar que se segue ao clímax. Lembro-me apenas de puxar o lençol para cima e rapidamente caí num sono profundo que durou toda a noite.

17/10/09

Império dos Sentidos


No clube de vídeo a questão que se levantou foi a de chegarmos a um consenso em relação ao filme. Não era tarefa fácil chegar a um acordo. Até que A. apareceu com uma cassete VHS e um enorme sorriso nos lábios.
- Acho que tenho uma boa proposta!
Estendeu-me a cassete com um ar de desafio. Peguei nela. Era o filme japonês “Império dos Sentidos”. Já tinha ouvido falar dele e acredito que ele estava à espera que eu recusasse de imediato. No entanto, sem pensar muito, ouvi-me a mim mesmo responder:
- Pode ser! Acho que deve ser interessante.
Nem A., nem L. estariam à espera desta minha resposta. Mas rapidamente se recompuseram. Alugámos o filme e voltámos a casa. Sentámo-nos em frente à TV enquanto eu imaginava que, tal como eu me sentia excitada por ir ver um filme erótico com eles, também eles se deveriam sentir bem entusiasmados por irem ver esse filme comigo.
Ao longo do filme essa excitação aumentou, sobretudo em duas ou três cenas mais fortes. Recordo-me de algumas: a cena de sexo oral em que o homem ejaculava na boca dela; a cena em que ele lhe enfiava um ovo na vagina; e a cena final do corte do pénis.
O dia estava a ter uma carga erótica enorme e, para mais, aquela masturbação interrompida não tinha ajudado em nada a acalmar os ânimos.
No fim do filme ficámos alguns segundos em silêncio. Era evidente que nos tinha excitado a todos. Quebrei o silêncio:
- Bom, agora temos de fazer o jantar.
Dirigimo-nos à cozinha para seleccionar o que iríamos fazer. A. pegou num ovo e propôs ovo cozido. Obviamente que a sugestão insinuava uma das cenas do filme. L. aproveitou para afirmar a sua concordância. Olhei-os com ar de desafio:
- E têm alguma sugestão para a forma como a o prato será apresentado?
Eles riram-se:
- Não tinha pensado em nada de concreto, embora o filme que vimos nos dê algumas sugestões interessantes! – respondeu A.
- É… o filme tem sugestões interessantes. Aliás, podíamos acompanhar o ovo com uma salsicha. Não sei se temos cá em casa, mas se não houver, o filme também propõe possibilidades interessantes. – respondi lembrando-me da cena em que o sexo do actor principal era cortado com uma faca.
- Ui…. – gemeu L. com um esgar de dor na cara. – Nem me lembres dessas sugestões que até dói.
- O pior é se nos saem salsichas tamanho pequeno, como a do filme… - provoquei, fazendo alusão à dimensão reduzida do pénis do actor.
Eles ficaram sem resposta.
- Vá lá priminhos, não foi nenhuma insinuação sobre a vossa virilidade. Acho que os asiáticos têm esse problema, mas vocês são portugueses. Vamos lá preparar a comida.
A conversa continuou com umas indirectas. Jantámos e fomos dar uma volta até à praia. Estava uma noite quente, daquelas noites de Verão deliciosas. Sentámo-nos na areia. Tinha havido várias situações ao longo do dia que tinham mudado o ambiente entre os três. Sentia-se essa novidade que ninguém sabia onde nos poderia levar. Fiquei sentada no meio dos dois.
A conversa voltou a recair sobre o filme que viramos à tarde. Todos tínhamos gostado e acabámos por começar a falar das nossas próprias experiências.
- És virgem? – perguntou-me a determinada altura L.

(Para os que não conhecem o filme, recomendo que vejam. É um dos filmes eróticos mais interessantes que vi. Aqui vos deixo algumas imagens de algumas cenas).








16/10/09

Desejo

Entrei no meu quarto, fechei a porta e lancei-me sobre a cama. O coração batia de uma forma que me parecia que se ouviria por toda a casa. Estava surpreendida comigo mesma por ter sido capaz levar a cabo aquela provocação. Desejava poder saber o que eles estavam a conversar lá em baixo. Será que estavam a falar do que tinham visto do meu corpo? E qual deles tinha estado a observar-me no duche? Até podia ter acontecido que tivessem estado os dois a espreitar-me pela porta da casa de banho entreaberta…

Desapertei a toalha e toquei-me levemente entre as coxas. Estava excitada com aquilo tudo e pela minha cabeça passaram imagens nas duas eu ia surgindo com os dois em situações muito íntimas: o L. a penetrar-me enquanto o A. me beijava… eu a chupar o sexo de um… depois do outro… imaginei como seria uma dupla penetração… Seria doloroso?...

Estes pensamentos provocavam-me arrepios e dei por mim a introduzir a ponta do dedo no meu sexo. Procurei o clítoris e comecei a movimentar o dedo à sua volta. As imagens na minha mente iam-me levando para fantasias cada vez mais ousadas, cada vez mais sensuais.

Engoli em seco. Os mamilos tinham despertado e com a mão livre acariciei-os, sentindo-os rijos.

Abandonei-me às minhas próprias carícias. Desejava masturbar-me até receber um orgasmo que me acalmasse o ardor que pincelava todos os meus poros.

- S…! - ouviu-se do lado de fora do meu quarto. Alguém me chamava junto à porta. Ao mesmo tempo, três pancadas na porta, acompanharam o som do meu nome.

Dei um salto, como que impulsionada por uma mola. Estava alguém a chamar-me, a poucos metros de mim. Parecera-me a voz de L.

- Sim?... - perguntei com uma voz tremida enquanto procurava roupa para me vestir.

- Não queres ir dar uma volta?

- Estou a acabar de me vestir, desço já.

- Ok!

Ouvi os passos que se afastavam. Toda eu tremia… aquela interrupção fora como que um balde de água fria, um susto enorme. Pensei o que seria se L. tivesse aberto a porta de forma inadvertida e me tivesse encontrado assim, nua na cama, a masturbar-me.

Vesti-me à pressa, fui à casa de banho lavar o rosto e respirei fundo algumas vezes tentando manter um ar sereno.

Desci as escadas. Eles estavam a ver televisão enquanto esperavam por mim.

- Vocês as mulheres demoram sempre horas para se arranjarem! – disse A. com um sorriso.

Deitei-lhe a língua de fora.

- Onde querem ir?

Nesse momento tocou o telefone. Fui atender. Eram os meus pais a avisar que chegariam tarde, certamente após a meia-noite, pois tinham combinado um programa com amigos. Avisei os meus primos. De seguida discutimos o que fazer naquele final de tarde. A verdade é que o calor que estava lá fora não convidava a grandes actividades. Acabámos por decidir que iríamos ao clube de vídeo alugar um filme para nos entretermos no resto do dia.


13/10/09

Umas férias especiais, 2ª parte

Desci as escadas e tentei fazer o ar mais admirado do Mundo quando os dois olharam para mim. Reparei que os seus olhos me miraram surpreendidos por me verem assim, quase nua.
- Desculpem! – disse-lhes num tom de voz que procurava que não transmitisse toda a minha encenação. – Não sabia que já tinham regressado!
Eles ficaram sem saber como reagir. Imagino que a minha visão, de corpo ainda molhado e a escorrer, os deixasse mais ou menos atónitos. Acabaram por murmurar que não fazia mal, que tinham acabado de chegar e nem sabiam que eu estava a tomar banho.
E agora?, pensei para mim mesma. Tinha vontade de continuar a provocação, por isso dirigi-me ao sofá e sentei-me, tentando manter as pernas bem juntas.
- Não faz mal! Estava cheia de calor e acabei de chegar da praia.
Perguntei-lhes se tinham encontrado o que tinham ido comprar, já nem sei a resposta deles. Mas lembro-me que acabámos por ficar os três a conversar um pouco ali. Era impossível não perceber, apesar do esforço que eles faziam em ser o mais discretos possível, que estavam deliciados com o que viam. Apesar de serem gémeos eram facilmente distinguíveis. O A. era mais extrovertido e fisicamente era um pouco mais alto; o L., era mais pacato mas, apesar de tudo, tinha algo de fascinante, de misterioso. Lembro-me que a determinada altura referi que era melhor ir vestir-me. Eles sorriram e imaginei que, por vontade deles eu podia ficar assim o tempo que quisesse. Levantei-me cuidadosamente, e dirigi-me ao andar de cima. Quando comecei a subir as escadas reparei que iria oferecer-lhes um espectáculo inesperado. Era umas escadas em caracol e do sítio onde eles estavam sentados, iriam ter uma visão de baixo para cima de mim que, com aquela toalha apenas a cobrir-me, dificilmente iria evitar que o meu sexo fosse exposto. A solução era pedir-lhes delicadamente para mudarem de lugar. Ou então fingir que não me apercebera da situação. Optei pela segunda e comecei a subir os degraus. Não olhei para os dois, para não dar a entender que estava a perceber o que se passava. E mais uma vez, de forma estranha, senti um arrepio de prazer ao sentir-me assim observada.

Umas férias especiais

Quando era miúda costumava fazer férias com os meus pais e os meus tios durante uma perto do Verão, na praia. Os meus tios tinham dois filhos, gémeos, da minha idade, com os quais me divertia em brincadeiras infantis. Depois, os meus tios foram viver para o estrangeiro durante alguns anos. Quando regressaram retomou-se o hábito das férias em conjunto. Eu e os meus primos tínhamos então 16 anos.

No primeiro ano em que retomámos esses dias juntos a magia das brincadeiras de crianças tinha desaparecido. Foi aliás um pouco estranho o reencontro. Nos primeiros dias havia um ambiente frio, de alguma inibição, provocada por 5 anos de afastamento. Mas nas duas semanas que passámos juntos acabámos por reatar velhos laços de amizade. No ano seguinte, quando nos reencontrámos rapidamente nos tornámos inseparáveis os 3. E essas férias acabariam por se tornar numas férias inesquecíveis.

A casa em que ficávamos era uma casa grande, de dois pisos e um sótão. Já pertencera aos meus avós e tinha cantos e recantos que, desde miúdos nos habituáramos a conhecer. Lembro-me que um dia fui até à praia sozinha. Os meus primos tinham ido à vila de bicicleta, para comprarem já não sei bem o quê. Nesse dia, os meus pais e os meus tios tinham também saído, para visitar uns familiares que viviam a alguns quilómetros e só voltariam depois do jantar. Quando cheguei a casa fui tomar um duche. Aproveitei que estava sozinha e coloquei a aparelhagem bem alta. Estava um daqueles dias de muito calor e rapidamente despi o biquíni e enfiei-me debaixo da água tépida.

Deixei-me ficar a desfrutar do prazer de sentir a água escorrer pelo corpo. Não tenho grandes dotes para cantar mas – como é habitual com muita gente – entusiasmei-me com a música e fui cantarolando ao som da aparelhagem que enchia a casa. Quando terminei saí do duche e ao pegar na toalha para me limpar pareceu-me que ver um vulto junto à porta entreaberta da casa de banho. Assustei-me e tapei-me rapidamente. Enrolei a toalha ao corpo e aproximei-me lentamente da porta com o coração a bater. Confesso que estava cheia de medo. Espreitei pela porta de forma receosa. Ouvi vozes, por entre a música, que vinham do andar de baixo e reconheci-as como sendo dos meus primos. Suspirei aliviada. Eles tinham chegado. Voltei à casa de banho e comecei a pensar que os dois, ou pelo menos um deles, tinha estado à porta da casa de banho enquanto eu estava no duche. A porta da cabine de duche era translúcida e permitia ver com alguma nitidez a silhueta de quem estava lá dentro, o que significava que, possivelmente, me tinha estado a observar. E, se calhar, tinha mesmo chegado a ver-me nua quando eu saí da cabine.

Estes pensamentos provocaram-me uma reacção estranha. Curiosamente senti algum prazer em imaginar que tinha estado a ser observada. Olhei-me no espelho enquanto desapertava a toalha. Modéstia à parte, era uma rapariga fisicamente muito interessante: morena, cerca de 1,65 metros, seios grandes…

Naquele instante passou-me uma ideia doida pela cabeça. Voltei a enrolar a toalha à volta do corpo e mirei-me no espelho. E se eu fingisse que não tinha dado pela presença deles e descesse assim fingindo-me surpreendida ao dar com eles? A minha imagem era bem provocante: a toalha, presa pouco acima dos seios tapava-me alguns centímetros abaixo da cintura. Teria de ter muito cuidado com os movimentos pois qualquer gesto mais imprevidente podia revelar-se bastante indiscreto.

Tentei prender o melhor que pude a toalha acima do peito e dirigi-me ao andar de baixo. E senti o coração voltar a bater de forma mais apressada…